sexta-feira, 20 de junho de 2008
LENDAS DA PENHA
domingo, 15 de junho de 2008
Os escravos do Convento da Penha
A quantidade de escravos do Convento da Penha espantou frei Basílio Röwer, autor de Páginas de História Franciscana no Brasil, quando estava fazendo suas pesquisas para escrever essa obra. Diz o historiador, também franciscano, que o número de escravos "ultrapassava o de qualquer outro convento". Esta mão-de-obra, de que os franciscanos dispuseram desde os tempos coloniais, era por eles empregada nos mais variados serviços: nas lavouras do pomar, no atendimento do gado e limpeza dos currais, nas atividades da pesca, nos encargos ligados à rotina diária dos conventuais. Fala ainda frei Basílio dos escravos músicos "para solenizar as festas e acompanhar as procissões" e se refere também aos escravos que os franciscanos alugavam aos moradores de Vila Velha e de Vitória para serviços em geral, fato muito comum durante a escravatura negra no Brasil. Com estes aluguéis, os donos de escravos obtinham ganhos extras. Além disso, nas festas religiosas, uma tradição constante no Brasil colonial e provincial, os escravos eram utilizados para conseguir esmolas para o convento. Foi graças à mão-de-obra escrava que os franciscanos puderam realizar muitas das grandes obras do santuário e do seu entorno, inclusive o calçamento, a pedra, da ladeira tradicional que dá acesso ao monumento, e até a construção das senzalas para teto dos escravos. O cais, com armazém e telheiro contíguo, que existia na prainha de Vila Velha, em frente à entrada do convento, a este pertenceu durante muito tempo, e sua construção foi certamente obra de escravos. Na ilha dos Bentos, mais conhecida com o nome de ilha dos Frades, situada próxima à ilha do Boi, na baía de Vitória, que integrou o patrimônio do convento desde possivelmente meados do século XVIII, antes de ser transferida a particulares, os franciscanos tinham pasto para gado e para cavalos, que deviam ser tratados pelos escravos. A partir de 1870, alguns escravos começaram a ser alforriados pelos franciscanos. Mesmo assim, informa frei Basílio que, em 1872, o convento contava com 42 escravos, sendo 3 pedreiros; 1 carpinteiro; 11 lavradores; 7 cozinheiras; 6 lavadeiras; 3 engomadeiras; 5 costureiras e 6 sem ofício. Em 1880, o número havia caído para 19, dos quais três fugiram.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
AS TRANSFORMAÇÕES DO CONVENTO DA PENHA
I nforma frei Basílio Röwer, na obra Páginas de História Franciscana no Brasil (S.Paulo, Editora Vozes, 1957), que depois que frei Pedro Palácios faleceu, em 1570 (e não em 1575, como consta de alguns registros), a ermida de Nossa Senhora da Penha foi cuidada por devotos, amigos do seu fundador. Um deles, Nicolau Afonso, que ajudou também a frei Pedro na construção da capela, deu-lhe o formato arredondado e capacidade para umas trinta pessoas. Em 1585, o jesuíta Fernão Cardim, que esteve no Espírito Santo com outros padres inacianos, se refere à igreja da seguinte forma: "A capela é de abóbada pequena, mas obra graciosa e bem acabada. Aqui fomos em romaria dia de S.André e todos dissemos missa com muita consolação". Em 6 de dezembro de 1591, o morro da Penha, desde o sopé até o cume, foi, pela viúva do segundo donatário Vasco Fernandes Coutinho Filho, Luíza Grimaldi, que governava a capitania, doado à Ordem Franciscana, com autorização da câmara da vila do Espírito Santo.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Verdade em Histórias
segunda-feira, 2 de junho de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
A Proteção no Espirito Santo
Foi o papa Urbano VIII, em bula de 23 de março de 1630, quem proclamou Nossa Senhora da Penha protetora da terra capixaba. Diz a historiadora Maria Stella de Novaes, na obra Relicário de um Povo, que a bula papal foi confirmada, em 26 de janeiro de 1908, em virtude do resultado de um plebiscito realizado em todas as paróquias da diocese do Estado do Espírito Santo, quando era bispo Dom Fernando de Souza Monteiro. A escolha do fiéis mereceu aprovação do Vaticano, segundo despacho assinado pelo Cardeal Martinelli, em 27 de novembro de 1912, nos seguintes termos: Desde os tempos mais remotos os fiéis cristãos da Diocese do Espírito Santo acompanham com grande carinho o exercício da devoção à Santíssima Virgem Mãe de Deus, sob o título popular — da Penha, cuja imagem, pintada num quadro de madeira, foi primeiramente exposta à veneração pública no ano de 1558 e, em seguida, colocada no templo sobre um alto monte (situado à entrada do porto de Vitória), generosamente construído e dedicado à Imaculada Mãe de Deus, sob o título da Penha da Cidade da Vitória, que é a sede episcopal da célebre Diocese. Por motivo dessa insigne piedade, como a Diocese do Espírito Santo ainda não gozasse de um celeste Patrono, o clero e o povo relembraram o decreto de Urbano VIII, de 23 de março de 1630, escolhendo a Santíssima Virgem Maria, sob o título da Penha, como sua principal protetora junto a Deus e apelam, com suplicantes votos, para que o Reverendíssimo. Sr. Dom Fernando de Souza Monteiro, Bispo do Espírito Santo, consiga essa confirmação apostólica, sendo deste modo exposta ao abaixo assinado — Cardeal Prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos (que), por sua autoridade constituiu e declarou a Santíssima Virgem Maria, sob o título popular - da Penha, principal Padroeira de toda a Diocese do Espírito Santo, no Brasil, com todos os privilégios e honras atribuídos à mesma Padroeira, que competem, por direito, aos principais patronos. Assinado na festa da mesma Santíssima Virgem Maria da Penha, segunda-feira da oitava da Páscoa, conforme entrou em voga o memorável costume de celebrar a mesma festa, no mesmo lugar".
VOCÊ JÁ ESTEVE EM VILA VELHA, ES?
segunda-feira, 26 de maio de 2008
PENHA CAPIXABA
No entanto, antes da construção daquela ermida frei Pedro construiu uma outra dedicada a São Francisco e erguida no local conhecido como Campinho, onde se encontra restaurada.
O convento é parte principal de um conjunto formado pela capela de São Francisco, pela gruta de frei Pedro, na entrada velha para o convento, e pela ladeira das Sete Voltas, caminho antigo de pedras, com o seu portão, que representa as sete alegrias de Nossa Senhora — anunciação, visita da prima Isabel, nascimento de Jesus, recebimento do Espírito Santo, apresentação de Jesus no templo, ressurreição e ascensão de Nossa Senhora.
Na década de 1940 construiu-se o novo caminho de acesso rodoviário para o convento, cujo portão foi construído em 1952.
A função do convento continua sendo religiosa, mantendo-se a celebração de missas, mas o santuário recebe também grande número de romeiros e turistas durante o ano inteiro.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
A DATA MUDA NOS DIVERSSOS LUGARES-PARAIBA
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Nossa Senhora da Penha em Pernabuco
domingo, 11 de maio de 2008
Em Alegre ES, o que contam por lá sobre Nossa Senhora da Penha
domingo, 4 de maio de 2008
ORIGEM DA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA PENHA NA EUROPA
quarta-feira, 2 de abril de 2008
A sublime emoção
Festa da Penha em Atafona
Uma das mais tradicionais festas religiosas da região está sendo realizada pela comunidade de Atafona. Com apoio da Prefeitura de São João da Barra, a Festa da Penha conta com uma programação extensa, tendo cinco missas e duas procissões. O programa religioso, aberto na noite de quinta-feira com uma missa celebrada pelo bispo Dom Roberto Guimarães, será fechado na noite de amanhã, com a tradicional procissão que percorre as principais ruas do balneário. A ligação da Penha com Atafona se confunde com a própria história de São João da Barra. O primeiro povoado sanjoanense data de 1622, quando um grupo de pescadores deixou Cabo Frio, seguindo para o local onde hoje se encontra a Igreja da Penha. Oito anos depois, uma tragédia deslocaria os pescadores: a mulher do líder do grupo morreu afogada nas águas do rio Paraíba do Sul e este levou seu povo para o local onde está a Igreja Matriz de São João Batista, no Centro. Então, em 1630, é fundado o povoado de São João Batista da Paraíba do Sul, hoje São João da Barra. Relatos apontam para a construção da Igreja da Penha em janeiro de 1857, num terreno doado por Francisca de Barreto de Jesus Faria. Uma enchente do Paraíba, em 1906, ameaçou seriamente o templo. A ameaça, segundo historiadores, foi banida com a iniciativa de colocar, junto aos fundos da igreja, numa brecha rasgada pela corrente do rio, o velho casco do navio Aquidabã. Assim, o canal que o rio estava abrindo desviou-se em sentido noroeste, rumo à foz. Origem - A primeira aparição da Penha aconteceu em terras do Norte da Espanha, numa serra alta e íngreme chamada Penha de França. Por volta de 1434, um monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que lhe apareceu no topo de uma escarpada montanha, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. Ele se chamava Simão Vela e, durante cinco anos, andou procurando a mencionada serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu. Após três dias de intensa caminhada e escalando penhas íngremes, o monge parou para descansar, vendo sentada perto dele uma formosa senhora com o filho ao colo que lhe indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por pastores, conseguiu achar a imagem que avistaram em sonho. Construiu Simão Vela uma tosca ermida nesse local, que se tornou célebre pelo grande número de milagres alcançados por intermédio da Senhora da Penha. Mais tarde, naquele local, foi construído um dos mais ricos e grandiosos santuários da cristandade.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Onde tudo começou
Atafona/RJ - Entre o Homem, o Rio e o Mar."Levei toda uma existência terrestre para descobrir que o mar, no seu soberano arbítrio, é essencialmente justo."
"Certa manhã, acordei com o mar à minha porta. Eu era o último habitante de Atafona (ou do que restara dela) ainda presente no local. Olhei pela janela e vi que as ondas já tocavam, lambiam suavemente as paredes da pensão de D. Lurdes. ...Embebido em um conformismo absoluto, eu senti meus pés se molharem : a água estava cálida e convidativa. Àquela altura, o mar já entrava em casa barulhento, sem a menor cerimônia, como um velho amigo a me visitar. Fortes cascatas brotavam das frestas das janelas e das rachaduras, já numerosas, nas paredes ( que teimavam em resistir, inutilmente). De repente, num estrondo, tudo veio abaixo. A construção ruiu. Eu simplesmente deixei-me levar pelo mar, que me envolvia, me abraçava com sua água docemente salgada, morna. Foi como se eu tivesse voltado ao útero materno. Momento sublime, eterno , apoteótico." Para Além Do Mar De Atafona / Maurício Mota Saboya Pinheiro / Atafona, 18 de maio de 1995.
Lugar de pessoas que de tão humildes , parecem anjos, encontrei neste pequeno lugar alguém de um coração sem dimensão. tenho certeza de que minha monografia irá se inrriquecer cada vez mais por sua presença.
A você historiador um até breve!
Qual o papel do historiador, servir a história ou ser servido dela ???/