sexta-feira, 20 de junho de 2008

LENDAS DA PENHA

Sendo o convento de Nossa Senhora da Penha o mais notável monumento religioso do Espírito Santo, era natural que surgisse sobre ele, sobre sua padroeira e sobre o próprio frei Pedro Palácios, fundador do santuário, um conjunto de lendas populares. Uma dessas lendas fala do desaparecimento, por três vezes consecutivas, do quadro de Nossa Senhora, que frei Pedro trouxera consigo, quando, em 1558, chegou ao Espírito Santo. E por três vezes o quadro foi encontrado no alto da penha, numa evidente revelação de que era ali que o frei deveria construir o convento, num ponto situado entre duas palmeiras. Por isso, a primeira igrejinha, que deu origem ao convento da Penha, foi conhecida com o nome de ermida das Palmeiras. Para sua edificação contou frei Pedro com a ajuda de moradores da vila do Espírito Santo. Outra lenda fala da fonte de Nossa Senhora que brotou no alto do penhasco, logo que a construção do convento teve início, possibilitando a realização das obras. A fonte estancou depois que as obras terminaram. É também conhecida a lenda de que frei Pedro Palácios vivia, na companhia de um gato e de um cachorro, na capelinha de São Francisco, que o frade construiu no campinho, no morro da penha. Conta esta lenda que, quando o religioso tinha de se ausentar do morro por algum tempo, deixava, para seus companheiros comer, tantos bolinhos de farinha quantos seriam os dias de sua ausência. E os animais comiam apenas cada uma das suas rações diárias, sendo a última delas no regresso do frei. Sobre a imagem de Nossa Senhora da Penha existe a lenda de que a pessoa a quem frei Pedro encarregou de fazer a sua encomenda, em Portugal, esqueceu de fazê-lo. Na véspera de voltar para o Espírito Santo, esse encarregado recebeu, de um desconhecido, a imagem de Nossa Senhora, esculpida em madeira de acordo com as indicações de Frei Pedro. Faz parte também do lendário da Penha a visão que tiveram os holandeses, no século XVII, quando, ao tentar assaltar o convento, foram impedidos por soldados a pé e a cavalo que desciam das nuvens, em torno do santuário, para fazer a sua defesa. Esta lenda serviu de inspiração ao pintor Benedito Calixto, para um dos quadros que se acha exposto na galeria ao lado da igreja do convento. Ali está também, do mesmo autor, um outro painel que tem por motivo a procissão marítima que conduziu a imagem de Nossa Senhora da Penha até Vitória, para acabar com a grande seca de 1769 que afetava a sede da capitania que estorricava as matas dos seus morros, enquanto a do convento se mantinha viçosa. Diz a lenda que, logo após a procissão, a chuva caiu.

domingo, 15 de junho de 2008

Os escravos do Convento da Penha


A quantidade de escravos do Convento da Penha espantou frei Basílio Röwer, autor de Páginas de História Franciscana no Brasil, quando estava fazendo suas pesquisas para escrever essa obra. Diz o historiador, também franciscano, que o número de escravos "ultrapassava o de qualquer outro convento". Esta mão-de-obra, de que os franciscanos dispuseram desde os tempos coloniais, era por eles empregada nos mais variados serviços: nas lavouras do pomar, no atendimento do gado e limpeza dos currais, nas atividades da pesca, nos encargos ligados à rotina diária dos conventuais. Fala ainda frei Basílio dos escravos músicos "para solenizar as festas e acompanhar as procissões" e se refere também aos escravos que os franciscanos alugavam aos moradores de Vila Velha e de Vitória para serviços em geral, fato muito comum durante a escravatura negra no Brasil. Com estes aluguéis, os donos de escravos obtinham ganhos extras. Além disso, nas festas religiosas, uma tradição constante no Brasil colonial e provincial, os escravos eram utilizados para conseguir esmolas para o convento. Foi graças à mão-de-obra escrava que os franciscanos puderam realizar muitas das grandes obras do santuário e do seu entorno, inclusive o calçamento, a pedra, da ladeira tradicional que dá acesso ao monumento, e até a construção das senzalas para teto dos escravos. O cais, com armazém e telheiro contíguo, que existia na prainha de Vila Velha, em frente à entrada do convento, a este pertenceu durante muito tempo, e sua construção foi certamente obra de escravos. Na ilha dos Bentos, mais conhecida com o nome de ilha dos Frades, situada próxima à ilha do Boi, na baía de Vitória, que integrou o patrimônio do convento desde possivelmente meados do século XVIII, antes de ser transferida a particulares, os franciscanos tinham pasto para gado e para cavalos, que deviam ser tratados pelos escravos. A partir de 1870, alguns escravos começaram a ser alforriados pelos franciscanos. Mesmo assim, informa frei Basílio que, em 1872, o convento contava com 42 escravos, sendo 3 pedreiros; 1 carpinteiro; 11 lavradores; 7 cozinheiras; 6 lavadeiras; 3 engomadeiras; 5 costureiras e 6 sem ofício. Em 1880, o número havia caído para 19, dos quais três fugiram.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

AS TRANSFORMAÇÕES DO CONVENTO DA PENHA


I nforma frei Basílio Röwer, na obra Páginas de História Franciscana no Brasil (S.Paulo, Editora Vozes, 1957), que depois que frei Pedro Palácios faleceu, em 1570 (e não em 1575, como consta de alguns registros), a ermida de Nossa Senhora da Penha foi cuidada por devotos, amigos do seu fundador. Um deles, Nicolau Afonso, que ajudou também a frei Pedro na construção da capela, deu-lhe o formato arredondado e capacidade para umas trinta pessoas. Em 1585, o jesuíta Fernão Cardim, que esteve no Espírito Santo com outros padres inacianos, se refere à igreja da seguinte forma: "A capela é de abóbada pequena, mas obra graciosa e bem acabada. Aqui fomos em romaria dia de S.André e todos dissemos missa com muita consolação". Em 6 de dezembro de 1591, o morro da Penha, desde o sopé até o cume, foi, pela viúva do segundo donatário Vasco Fernandes Coutinho Filho, Luíza Grimaldi, que governava a capitania, doado à Ordem Franciscana, com autorização da câmara da vila do Espírito Santo.
Sob a administração dos franciscanos, sediados na vila de Vitória, a capela já contava, em 1639, com casas para romeiros, além de um muro de proteção, em volta do cimo da rocha. Desse ano até 1643, o guardião do convento franciscano, em Vitória, ampliou a igreja de Nossa Senhora da Penha, promovendo ainda o calçamento da velha ladeira das Sete Voltas, que lhe dava acesso. Dez anos depois foram construídos a capela do corpo da igreja e mais um altar lateral que impediram a passagem ao redor do santuário, inclusive de pequenas procissões que ali se faziam.
O convento propriamente dito teve sua pedra fundamental lançada em 1651, sendo o guardião Francisco da Madre de Deus o iniciador de suas obras. A planta original previa a construção de nove celas para os religiosos e duas para hóspedes, além de corredores e oficinas (cozinha, despensa etc.), estando condicionada à configuração do rochedo onde o convento se situa. Para a realização das obras, foram essenciais a doação e a ajuda que os franciscanos receberam, notadamente da parte do governador do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá e Benevides (30 novilhos), doação mantida pelos descendentes do governador até 1848 e que gerava renda para o convento. A partir de 1750, novas obras se acrescentaram às já existentes, que aumentaram a capacidade conventual para o recolhimento de um número maior de frades. Mais reformas ocorreram em 1770 e entre 1774 e 1777, incluindo um novo calçamento da ladeira com o levantamento dos seus muros, na forma em que ainda hoje estão. No século XIX, obras importantes tiveram lugar durante a guardiania de frei João Nepomuceno Valadares, nos períodos de 1853/1857 e 1859/1862, dentre as quais a reforma do telhado e a da capela, além da reconstrução das senzalas dos escravos.
O atual alpendre, que dá acesso ao corpo da igreja, de cujo estilo destoa, data de 1879. Antes do convento e do santuário da Penha passar, por determinação da Santa Sé, em 1898, para a Mitra Diocesana do recém criado Bispado do Espírito Santo, outras melhorias se realizaram de 1888 a 1890 e de 1895 a 1896. Na administração da Mitra, continuaram a ser feitas reformas, como a instalação de água e de luz elétrica. Em 1951, no governo Jones dos Santos Neves, deu-se a pavimentação do campinho e da estrada de rodagem que lhe dá acesso. Hoje o convento, que retornou à guarda dos franciscanos desde 1955, conta com instalações elétricas externas, que o iluminam à noite, e com instalações sanitárias modernas, além do serviço de telefone e de alto falante. Recentemente foi aprovada a construção de um teleférico para o transporte de visitantes até o campinho. O convento de Nossa Senhora da Penha é bem tombado pelo Patrimônio Histórico no Espírito Santo.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Verdade em Histórias

A história tem vários pontos, mas crucial mesmo é conversar com moradores e seguidores da penha, pois é sublime a emoção com que eles contam sua devoção,e com um orgulho em falar seus milagres recebidos, suas vitorias e seus sacrificios diante da santa, do costume em estar presente em todas as festas, que com o passar dos temposimpreguinam nas pessoas que ali estão de forma tão interessante que os visitantes não conseguem entender o porquê, de tanta devoção, a receita quem conta é o historiador Fábio Pedra que nos conta que com o passar dos anos desde a chegada da imagem em 1964, vinda do ES mais precisamente Vila Velha, que os pescadores vincularam a santa com Iemanjá, que construiram um altar para ela, com folhas de coqueiros e barro ainda no mesmo século, que desde então fazem do lugar um forte ,com o passar dos anos o povo com tanta fé acabam ganhando de um pescador mais fortunado na vida um pedacinho de chão ás margens do rio paraiba, para situar a penha rainha dor céus , rios e mares...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Penha Atafona

Convento da Penha faz 450 anos

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Proteção no Espirito Santo


Foi o papa Urbano VIII, em bula de 23 de março de 1630, quem proclamou Nossa Senhora da Penha protetora da terra capixaba. Diz a historiadora Maria Stella de Novaes, na obra Relicário de um Povo, que a bula papal foi confirmada, em 26 de janeiro de 1908, em virtude do resultado de um plebiscito realizado em todas as paróquias da diocese do Estado do Espírito Santo, quando era bispo Dom Fernando de Souza Monteiro. A escolha do fiéis mereceu aprovação do Vaticano, segundo despacho assinado pelo Cardeal Martinelli, em 27 de novembro de 1912, nos seguintes termos: Desde os tempos mais remotos os fiéis cristãos da Diocese do Espírito Santo acompanham com grande carinho o exercício da devoção à Santíssima Virgem Mãe de Deus, sob o título popular — da Penha, cuja imagem, pintada num quadro de madeira, foi primeiramente exposta à veneração pública no ano de 1558 e, em seguida, colocada no templo sobre um alto monte (situado à entrada do porto de Vitória), generosamente construído e dedicado à Imaculada Mãe de Deus, sob o título da Penha da Cidade da Vitória, que é a sede episcopal da célebre Diocese. Por motivo dessa insigne piedade, como a Diocese do Espírito Santo ainda não gozasse de um celeste Patrono, o clero e o povo relembraram o decreto de Urbano VIII, de 23 de março de 1630, escolhendo a Santíssima Virgem Maria, sob o título da Penha, como sua principal protetora junto a Deus e apelam, com suplicantes votos, para que o Reverendíssimo. Sr. Dom Fernando de Souza Monteiro, Bispo do Espírito Santo, consiga essa confirmação apostólica, sendo deste modo exposta ao abaixo assinado — Cardeal Prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos (que), por sua autoridade constituiu e declarou a Santíssima Virgem Maria, sob o título popular - da Penha, principal Padroeira de toda a Diocese do Espírito Santo, no Brasil, com todos os privilégios e honras atribuídos à mesma Padroeira, que competem, por direito, aos principais patronos. Assinado na festa da mesma Santíssima Virgem Maria da Penha, segunda-feira da oitava da Páscoa, conforme entrou em voga o memorável costume de celebrar a mesma festa, no mesmo lugar".
VOCÊ JÁ ESTEVE EM VILA VELHA, ES?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

PENHA CAPIXABA

Frei Pedro Palácios, irmão franciscano leigo, nascido em Medina do Rio Seco, Espanha, aportou em Vila Velha em 1558 iniciando a construção de uma ermida dedicada a Nossa Senhora, no alto do morro da Penha. Ele trouxe consigo um painel de Nossa Senhora dos Prazeres e encomendou a imagem de Nossa Senhora da Penha, que veio de Portugal, ambos ainda existentes no convento. Aquela capela foi o embrião do atual convento, sendo ampliada e reformada até se tornar o monumento que hoje conhecemos.
No entanto, antes da construção daquela ermida frei Pedro construiu uma outra dedicada a São Francisco e erguida no local conhecido como Campinho, onde se encontra restaurada.
O convento é parte principal de um conjunto formado pela capela de São Francisco, pela gruta de frei Pedro, na entrada velha para o convento, e pela ladeira das Sete Voltas, caminho antigo de pedras, com o seu portão, que representa as sete alegrias de Nossa Senhora — anunciação, visita da prima Isabel, nascimento de Jesus, recebimento do Espírito Santo, apresentação de Jesus no templo, ressurreição e ascensão de Nossa Senhora.
Na década de 1940 construiu-se o novo caminho de acesso rodoviário para o convento, cujo portão foi construído em 1952.
A função do convento continua sendo religiosa, mantendo-se a celebração de missas, mas o santuário recebe também grande número de romeiros e turistas durante o ano inteiro.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A DATA MUDA NOS DIVERSSOS LUGARES-PARAIBA

Percurso da Romaria: a caminhada tem um percurso de 14 quilômetros: saindo da igreja de Lourdes, na avenida João Machado, no Centro de João Pessoa, os romeiros passam pela avenida Pedro II, trevo universitário, principal do bairro dos Bancários, passam pelo contorno da entrada do bairro de Mangabeira, e seguem pela pista que dá acesso à Praia da Penha. Na Praça Oswaldo Pessoa, na Penha, vai ser celebrada a Missa campal.História da Romaria em João Pessoa: o português Sílvio Siqueira, em 1763, comandava uma embarcação que saíra do norte em direção à Europa. No litoral paraibano ele enfrentou uma grande tormenta. Em um momento de aflição, reuniu a tripulação e pediu proteção a Nossa Senhora da Penha, prometendo erguer uma ermida em sua honra no local em que aportasse em segurança. Minutos depois, todos conseguiram desembarcar com tranqüilidade na então Praia de Aratú - hoje Praia da Penha. Como prometido, a construção foi feita. E essa foi a terceira capela construída no Brasil para Nossa Senhora da Penha. A primeira foi erguida em Vila Velha, na então Capitania do Espírito Santo, entre os anos de 1558 e 1570. A segunda foi construída em 1635, pelo capitão Baltazar Abrel Cardoso, na Freguesia de Irajá, no Rio de Janeiro.A Romaria da Penha é realizada sempre no último domingo de novembro. Ela sai da igreja de Lourdes, no Centro da Capital, porque essa igreja era a matriz da Paróquia da qual o Santuário da Penha fazia parte. Hoje, o Santuário pertence à Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no Cabo Branco, que tem como pároco o Pe. Luiz Antônio de Oliveira.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Nossa Senhora da Penha em Pernabuco

Os anos de 1989/1990, registram o Jubileu do bicentenário da invocação de N. S.ra da Penha, como padroeira da Serra Talhada.À efeméride, o Monsenhor Jesus Garcia Riaño, vigário da paróquia, pretendeu que deixássemos catalogados, para conhecimento das gerações vindouras, alguns fatos que se perderiam na voragem do tempo.Primeira capela de Nossa Senhora da Penha erigida pelos escravos, por iniciativa de Filadélfia Nunes de Magalhães, nos anos 1789/1790, pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Conceição sediada em Flores. Serviu como Matriz da Paróquia Nossa Senhora da Penha de 1842 a 1853, quando mudou o título de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, para uso dos escravos. Em 1967 tornou-se Matriz da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário.Todos sabemos que a religião católica no Brasil Colônia, esteve interligada à vida civil, porquanto os párocos administravam a receita recolhida do dizimo, promovendo sua aplicação nos serviços de interesse publico, sobretudo religioso.Com o advento da independência em 1822, esse sistema permaneceu, face o artigo 5º da Constituição de 1824 determinar que o Catolicismo seria a religião oficial do Império.Esse privilégio só foi abolido em 1891, pela Constituição da República.Em virtude dessa evidência, não se deve estranhar, que ao se falar da evolução histórica de nossa igreja, sejam mencionados atos e fatos que mais pareçam dualismo - Religião e Política.

domingo, 11 de maio de 2008

Em Alegre ES, o que contam por lá sobre Nossa Senhora da Penha

Segundo alguns historiadores, no norte da Espanha existia uma serra muito alta chamada Penha de França. Nessa serra o rei Carlos Magno teria vencido uma batalha contra os mouros. Por volta do ano 1434, o monge francês Simão Vela sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que lhe aparecia no topo dessa serra cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la.Durante cinco anos, o monge peregrinou procurando o citado lugar, até que um dia teve uma indicação de sua localização e para lá se dirigiu. Após três dias de intensa caminhada, escalando penhas (pedras) íngremes, o monge parou para descansar. Nesse momento, ele viu, sentada perto dele, uma formosa senhora com o filho ao colo que lhe indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por alguns pastores da região, conseguiu achar a imagem que tinha visto em sonho.No local, Simão Vela construiu uma ermida, que logo se tornou célebre pelo grande número de milagres alcançados por intermédio da Senhora da Penha. Mais tarde, foi construído ali um dos mais ricos e grandiosos santuários da Cristandade.
OBS: Engraçado o mesmo que se conta na em grande parte do Brasil, mesmo assim historiadores ainda afirmam o contrario.

domingo, 4 de maio de 2008

ORIGEM DA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA PENHA NA EUROPA

A devoção à Santíssima Virgem sob o título de Nossa Senhora da Penha de França teve origem na Europa e data do século XV.Segundo o Pe.Colunga, em seu livro “Nuestra Señora de Peña de Francia”, um peregrino francês de nome Simão Vela, em 19 de maio de 1434, descobriu em Penha de França monte situado na serra do mesmo nome, na província de Salamanca a imagem de Nossa Senhora, tão importante para a cristandade. Há uma tradição popular que diz ter sido o peregrino Simão Vela, recolhido num convento franciscano na aldeia de Puy e que ouvia sempre, em seus êxtases, uma voz que lhe dizia: “Simão, vela e não durmas” o qual passou a ter o sobrenome com que se tornou conhecido: Simão Vela. Simão partiu dali. Depois de cinco anos, descobriu a imagem que fora deixada ali, por soldados franceses que se tinham escondido naquele monte quando combatiam contra os muçulmanos.Conta-se que o primeiro milagre se deu no local onde foi encontrada a imagem, quando um grupo de fugitivos foi perseguido por bandoleiros. Depois de terem invocado Nossa Senhora da Penha, viram-se livres de seus inimigos. Esse fato tornou-se muito conhecido e espalhou-se rapidamente. Seu eco atravessou a fronteira chegando até Guimarães, cidade do Minho (Portugal), onde a imagem passou a ser venerada. O próprio rei de Portugal, Dom Sebastião, alcançando a cura de uma grave doença por intermédio de Nossa Senhora da Penha, mandou erguer uma igreja em seu louvor, na cidade de Lisboa, em sinal de gratidão e devoção à Mãe de Deus e nossa. Hoje é uma das grandes paróquias da capital portuguesa.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A sublime emoção





Festa da Penha em Atafona

Uma das mais tradicionais festas religiosas da região está sendo realizada pela comunidade de Atafona. Com apoio da Prefeitura de São João da Barra, a Festa da Penha conta com uma programação extensa, tendo cinco missas e duas procissões. O programa religioso, aberto na noite de quinta-feira com uma missa celebrada pelo bispo Dom Roberto Guimarães, será fechado na noite de amanhã, com a tradicional procissão que percorre as principais ruas do balneário. A ligação da Penha com Atafona se confunde com a própria história de São João da Barra. O primeiro povoado sanjoanense data de 1622, quando um grupo de pescadores deixou Cabo Frio, seguindo para o local onde hoje se encontra a Igreja da Penha. Oito anos depois, uma tragédia deslocaria os pescadores: a mulher do líder do grupo morreu afogada nas águas do rio Paraíba do Sul e este levou seu povo para o local onde está a Igreja Matriz de São João Batista, no Centro. Então, em 1630, é fundado o povoado de São João Batista da Paraíba do Sul, hoje São João da Barra. Relatos apontam para a construção da Igreja da Penha em janeiro de 1857, num terreno doado por Francisca de Barreto de Jesus Faria. Uma enchente do Paraíba, em 1906, ameaçou seriamente o templo. A ameaça, segundo historiadores, foi banida com a iniciativa de colocar, junto aos fundos da igreja, numa brecha rasgada pela corrente do rio, o velho casco do navio Aquidabã. Assim, o canal que o rio estava abrindo desviou-se em sentido noroeste, rumo à foz. Origem - A primeira aparição da Penha aconteceu em terras do Norte da Espanha, numa serra alta e íngreme chamada Penha de França. Por volta de 1434, um monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que lhe apareceu no topo de uma escarpada montanha, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. Ele se chamava Simão Vela e, durante cinco anos, andou procurando a mencionada serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu. Após três dias de intensa caminhada e escalando penhas íngremes, o monge parou para descansar, vendo sentada perto dele uma formosa senhora com o filho ao colo que lhe indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por pastores, conseguiu achar a imagem que avistaram em sonho. Construiu Simão Vela uma tosca ermida nesse local, que se tornou célebre pelo grande número de milagres alcançados por intermédio da Senhora da Penha. Mais tarde, naquele local, foi construído um dos mais ricos e grandiosos santuários da cristandade.
A IGREJA NOSSA SENHORA DA PENHA FICA NA PRAÇA PRINCIPAL EM ATAFONA.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Onde tudo começou

Atafona/RJ - Entre o Homem, o Rio e o Mar."Levei toda uma existência terrestre para descobrir que o mar, no seu soberano arbítrio, é essencialmente justo."
"Certa manhã, acordei com o mar à minha porta. Eu era o último habitante de Atafona (ou do que restara dela) ainda presente no local. Olhei pela janela e vi que as ondas já tocavam, lambiam suavemente as paredes da pensão de D. Lurdes. ...Embebido em um conformismo absoluto, eu senti meus pés se molharem : a água estava cálida e convidativa. Àquela altura, o mar já entrava em casa barulhento, sem a menor cerimônia, como um velho amigo a me visitar. Fortes cascatas brotavam das frestas das janelas e das rachaduras, já numerosas, nas paredes ( que teimavam em resistir, inutilmente). De repente, num estrondo, tudo veio abaixo. A construção ruiu. Eu simplesmente deixei-me levar pelo mar, que me envolvia, me abraçava com sua água docemente salgada, morna. Foi como se eu tivesse voltado ao útero materno. Momento sublime, eterno , apoteótico." Para Além Do Mar De Atafona / Maurício Mota Saboya Pinheiro / Atafona, 18 de maio de 1995.



Lugar de pessoas que de tão humildes , parecem anjos, encontrei neste pequeno lugar alguém de um coração sem dimensão. tenho certeza de que minha monografia irá se inrriquecer cada vez mais por sua presença.

A você historiador um até breve!

Qual o papel do historiador, servir a história ou ser servido dela ???/

mapa

Para você que nunca foi em são João da Barra , ai está o mapa é só seguir e curtir.
eu já fui e amei .

quarta-feira, 12 de março de 2008

UMA HISTÓRIA VERDADEIRA

A Igreja de Nossa Senhora da Penha tem à sua esquerda o Rio Paraíba do Sul, próximo da sua junção com o mar, à direita, o coreto, um terreno baldio e mais adiante, a Praça Nossa Senhora da Penha. À sua frente, a Avenida Nossa Senhora da Penha com casas residenciais e bares. A construção do atrativo data de 1881. Sabe-se que a Igreja foi erigida em terreno doado pela Sra. Francisca de Barreto de Jesus Faria, segundo escritura datada de 09 de janeiro de 1857, para Irmandade em louvor à Santa. Deu-se a construção do templo logo em seguida, tendo sido, ele construído, talvez por cima do aterro da primeira casa levantada à margem do Rio Paraíba do Sul pelo ano de 1622. Uma enchente do Rio Paraíba, em 1906, ameaçou seriamente a igreja. Salvou-a iniciativa presidencial de colocar junto aos fundos da igreja em uma brecha rasgada pela corrente do rio, o velho casco de navio "Aquidabã". Foi a solução: o canal que o rio estava abrindo, obstaculado pelo anteparo, desviou-se em sentido noroeste, rumo à foz. O atrativo, que está situado em pequena elevação, apresenta na fachada principal, em seu eixo central de simetria, no térreo, porta em folha dupla de madeira e verga em arco pleno. Na altura do coro, janela em verga com arco pleno, com esquadrias de caixilhos de vidro colorido. Acima desta , torre sineira balaustrada, com janela tipo veneziana e sobre esta, o campanário. A torre sineira é coroada por elemento piramidal, encimado por cruz. Nas laterais do edifício, no térreo, estereotomia aparente sugerindo colunas, e entre estas, na altura do coro, uma janela em igual estilo a do eixo central. Ladeando a porta central, duas colunas que vão da base ao segundo pavimento. Das laterais do edifício, na altura também do segundo pavimento, sai pano cego que chega à altura da verga da janela da torre sineira. O Interior da igreja encontra-se totalmente descaracterizado.
End: Praça Nossa Senhora da Penha - Atafona
VOCÊ JÁ ESTEVE LÁ?

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A midia e a fé

A midia tem papel diante de fieis que se agrupam para celebrar datas importantes em seus calêndários, a midia de uma cidade grande não se compara a midia executada no interior, cidadezinhas, ficam empolvorosas quando no badalar dos sinos , no microfone da única rádio ouvem que é festa de santo antônio, de são francisco, nossa senhora da penha,ou até mesmo lêem no único períodico existente na cidade que chegou a hora de agradecer ao querido santo do"dia" as graças recebidas. O interessante que os anos passam e a crença não diminui , todos os anos beatas se reunem para a mesma festa em que um dia foram só para comer doces das quermeces com suas mães e pais, com o passar dos anos aderiram a tradição de louvar ,aos santos que conhecem desde pequenas.
A midia com seu aval importantissimo segui honrosamente seu papel cada ano, segui a risca o que padres e beatas intitulan como necessário para que cada ano seja melhor que o anterior, dependendo do lugar ela não está escrita em folhas de jornais e nem ao menos faz parte do noticiario de rádio alguma , e sim estará na boca de um homem em plena praça as gritos , ou na beata que passa boca a boca a noticia fresquinha.